quinta-feira, 20 de maio de 2010

VIA CRUCIS

Jesus disse que aquele que desejar ser Seu discípulo, deve negar a si mesmo e carregar a sua cruz.

O “si mesmo” ao qual Jesus se refere não é o eu puro; é o eu fetichizado; é o eu morto, porém, existente como pulsão psíquica sem a volição do espírito, é o eixo do eu iludido; é o sol do eu sem forma e vazio de Eu, embora cheio de suas imitações.Para Jesus o “si mesmo” faz guerra contra o eu puro e vivente em espírito e em verdade. Não existe a morte do eu em Jesus. Existe a morte do “si mesmo”.
















O “si mesmo” é o eu sem caminho para fora de si!

O “si mesmo” é o eu sem o olhar da vida e da disposição de transcender ao imediato.

O “si mesmo” é o culto do eu adoecido ao que lhe seja razão imediata.

Portanto, a “igreja” sem Cruz não faz discípulos de Jesus, mas de “um certo Jesus”, que não é o dos evangelhos, e que faz discípulos conforme o mundo, conforme o século, conforme a morte e vaidade do si mesmo.